Ela é uma garota mimada, chata, cheia de frescura... As
vezes se sentia só, sentia um vazio no peito, como se alguém tivesse lhe
roubado algo. As vezes a angustia tomava de conta dela, ela se trancava no
quarto e chorava a noite inteira ou até mesmo no banheiro, chorava bem baixinho
para que ninguém pudesse ouvi-la, assim não a jugariam. Ela é uma garota
determinada e forte, pois o mundo desabava em baixo dos seus pés e a única
coisa que fazia era sorrir. Sorria para os amigos e para os familiares, sorria
para os estranhos na rua, não importava a hora ela apenas sorria. Tentava
demonstrar ser forte, mais ela era forte. Só que lá no fundo sabia que doía,
chovia temporais dentro dela, sua cabeça era apenas um monte de emaranhado de
fios soltos. Havia dias que lhe aparecia um pouquinho de disposição, então ela
tentava ser um pouco mais sociável, se vestia com cores mais frescas. Mais
havia dias que ela apenas levantava e prendia o cabelo, colocava a roupa mais
dark que ela tinha e saia pelas ruas sem rumo, tentando arrumar algum sentido
para a vida dela. Não era fácil, não tinha amigos... Amigos até tinha, mais não
confiava, pois uma vez ela contou um de seus segredos mais obscuros e esse
“amigo” simplesmente espalhou para os outros. Ela sentava no chão do banheiro
em meio as lagrimas e com uma mão segurava uma lamina afiada, uma lamina já bem
conhecida por ela. Ela simplesmente deixava a sua dor sair junto com seu
sangue. Havia dias que os pais dela, levava para o hospital. Ela tentava
suicídio já fazia 2 anos e nunca conseguia o resultado que esperava conseguir.
Ela ficou difamada pelas pessoas, era conhecida como a garota problemática...
Ela já havia mudado de escola várias vezes, porem sempre davam um jeito de
atingir ela. Porém um dia ela apenas desistiu do mundo e então escreveu um
bilhete: “Simplesmente cansei dessa vida monótona, pessoas me jugando e
tentando me atingir... Se o problema realmente for comigo, não se preocupe,
pois acabei de partir.” Ela se certificou de que não havia ninguém em casa e
então encostou a porta do quarto e colocou o bilhete sobre sua cama. Ela se
sentou no chão e sem mais delongas puxou a lamina e com a mesma fez pequenos
cortes profundos, enquanto seu sangue jorrava sobre seu corpo já pálido, sua
vista aos poucos ia ficando turva e então ela caiu sobre o chão, e agora
realmente ela se foi, não havia mais o que fazer.
No dia do seu funeral, pessoas desconhecidas foram visita-la, e então todos que a julgavam de repente estavam lá, dizendo que estavam arrependidos, que ela faria falta, que ela era linda, e o quão idiota eles eram. Prometeram a si mesmo que não fariam mais isso... Depois que ela se foi, eles ficaram vazios, com medo, deprimidos, alguns adoeceram, outros... Há, outros apenas levaram a vida normalmente, tentando compartilhar sobre o valor das pessoas.
No dia do seu funeral, pessoas desconhecidas foram visita-la, e então todos que a julgavam de repente estavam lá, dizendo que estavam arrependidos, que ela faria falta, que ela era linda, e o quão idiota eles eram. Prometeram a si mesmo que não fariam mais isso... Depois que ela se foi, eles ficaram vazios, com medo, deprimidos, alguns adoeceram, outros... Há, outros apenas levaram a vida normalmente, tentando compartilhar sobre o valor das pessoas.